Opiniões

Economia brasileira cresce no primeiro trimestre de 2024

O IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou o resultado da economia brasileira, apresentando crescimento de 0,8% no primeiro trimestre de 2024.

O resultado demonstra que a economia brasileira se recuperou em relação ao último resultado apresentando, onde a economia reduziu 0,1%. Já em relação ao primeiro trimestre de 2023, o PIB cresceu 2,5%. Em valores correntes, a economia brasileira acumulou R$ 2,7 trilhões entre janeiro e março.

Pela ótica da oferta, (setores produtivos: agropecuária, serviços e indústria), o resultado do PIB foi impactado pelo excelente resultado da agricultura, que apresentou alta de 11,3% em relação ao último trimestre de 2023. A alta da agricultura está relacionada ao período da colheita das principais culturas do país. Portanto, nos próximos trimestres, o resultado da agricultura tende a reduzir.

O setor de serviços, que englobam os serviços prestados as famílias e empresas, como também o comércio, apresentou alta de 1,4%, bem acima do crescimento de 0,5% do trimestre anterior.

Segundo o IBGE o setor de serviços foi impactado positivamente pela melhora no mercado de trabalho brasileiro, a queda na Selic, taxa básica de juros, redução da inflação, os programas governamentais de auxílio às famílias e uma queda na inadimplência com os programas de renegociação de dívidas.

Por último temos o setor industrial, que apresentou que da 0,1 no primeiro trimestre de 2024.

Pela ótica da demanda, (gastos dos agentes econômicos: famílias, governo, investimento), mais o setor externo (exportações versus importações), temos como destaque no primeiro trimestre de 2024 o crescimento do consumo das famílias, impulsionado pela melhora no mercado de trabalho. A taxa de desocupação no país atingiu o menor nível dos últimos 10 anos. Além disso, o aumento do salário mínimo acima da inflação e a ampliação do número de beneficiários dos auxílios governamentais.

Os gastos do Governo permanecerem estáveis em relação ao trimestre anterior.

Já os gastos com Investimentos, que são um fator importante para o crescimento a longo prazo, apresentaram alta de 4,1%.

As exportações mantiveram se extáveis em relação ao trimestre passado, impactadas pelo agronegócio, que apesar do crescimento no trimestre, não foi suficiente para impactar as exportações, observa-se aqui que os preços das comodities estão em baixa nos últimos meses. E as importações cresceram 6,5% no primeiro trimestre. Até 28/03 a moeda americana estava cotada a R$ 5,015, favorecendo as importações. Em maio de 2024, o dólar está cotado a R$ 5,249.

Em resumo, podemos avaliar que o resultado do primeiro trimestre do ano foi positivo, uma vez que trouxe recuperação em relação ao trimestre anterior. A agricultura continua puxando o resultado do país, porém nos próximos trimestres a tendencia é de redução do setor, devido a sazonalidade. O setor de serviços, impactado pela a melhora do mercado de trabalho e da renda, deve continuar nos próximos meses como propulsor da economia brasileira.

Cabe ressaltar que a política no brasil tem grande influência na economia do país e caso, as expectativas de inflação, juros e gastos do governo se deteriore, há uma mudança de expectativas no resultado do PIB para 2024. Em tempo, os desastres no Rio Grande do Sul, deverão impactar os próximos resultados de 2024.

NOSSA REGIÃO

O PIB é calculado a nível nacional pelo IBGE, não apresentando dados regionais ou por cidades. A Fundação Seade traz essa projeção por regiões administrativas, sendo o último resultado divulgado de 2023.

No quarto trimestre de 2023, a região administrativa de Franca apresentou queda acentuada de 3,4% em relação ao terceiro trimestre de 2023. Já no acumulado do ano 2023, o crescimento do PIB da nossa região foi de apenas 0,4%.

Em valores correntes, o PIB foi de R$ 37,158 milhões.

Os municípios considerados na conta do PIB regional foram Cristais Paulista, Franca, Itirapuã, Jeriquara, Patrocínio Paulista, Pedregulho, Restinga, Ribeirão Corrente, Rifaina e São José da Bela Vista.

Rodrigo Souza

É formado em economia e pós-graduado em gestão de negócios, atua como Consultor Financeiro e de Gestão Empresarial.

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