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Você confere o extrato do seu cartão?

Se você é como a maioria dos brasileiros, que mesmo não mudando muito seu hábito de gastos, provavelmente confere no detalhe todos o meses a sua fatura do cartão do crédito, buscando encontrar algum tipo de cobrança indevida ou estranha. Afinal, toda pessoa que se preze está atenta a seus gastos para evitar que haja cobranças incorretas. Aqui vai uma provocação, por que a maioria das pessoas e empresas não dão a mesma atenção para as guias dos impostos como dão para seus extratos bancários?

É um fato que os impostos sofrem constantes alterações pelas muitas mudanças nas leis que acontecem a todo momento. De acordo com um estudo, no Brasil, uma norma é editada a cada 2 minutos. Imagine que quando você acorda o cálculo de um imposto seja de uma maneira e que depois que você escova seus dentes o cálculo já pode ter sido alterado por uma edição de lei. Mudanças estas que muitas vezes passam desapercebidas e causam impacto no financeiro nas empresas e consequentemente no preço dos produtos e serviços no país.

Um pensamento ultrapassado de muito empresário é que a responsabilidade pelo acompanhamento das alterações tributárias é função do contador. O cenário mostra que não é nada disso, o contador é um profissional que registra e controla lançamentos financeiros e somente incorpora e unifica informações para gerar as guias de pagamento dos impostos. O mercado reconhece que os tributaristas são os maiores parceiros dos contadores pois com a combinação destes profissionais uma empresa fica muito bem assessorada e consegue entregar o melhor resultado que poderia ter.

Muitas vezes as empresas possuem fortunas perdidas em seu financeiro por pagar mais imposto do que deveria. Apenas em 2022, segundo a Associação Nacional dos Auditores Fiscais, o governo concedeu mais de 360 bilhões em incentivos fiscais. Será que o empresário juntamente a seu contador já parou para analisar e avaliar se alguns desses benefícios podem ser aplicáveis para a empresa dele? O que o mercado tem mostrado, é que não. Na maioria das vezes quando alguma empresa busca um suporte tributário, é identificado que pelo menos parte do negócio poderia ser submetido a benefícios fiscais e diminuir consideravelmente a despesa mensal com impostos consequentemente o resultado e lucro da empresa.

Plínio Reis

É administrador de empresas formado pelo UniFacef, é especialista tributário há mais de 10 anos, tendo atuado nas maiores consultorias tributárias do mundo. É francano e mora em São Paulo, onde é CEO na Bart Gestão Tributária

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