“Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos”
(Mc 9,35)
Jesus prediz pela segunda vez a sua paixão (Mc 9,31). Os discípulos não compreenderam as suas palavras e temiam fazer perguntas. Em casa, ele interrogou os mesmos sobre a conversa do caminho. Diante do silêncio – “eles tinham discutido quem era o maior” (Mc 9, 34), Jesus passou algumas instruções: quem quiser ser o primeiro, deve sê-lo não para si, mas para os outros, pois o maior é aquele que é capaz de acolher e servir. Ele deu o exemplo: “Eu, porém, estou no meio de vós como aquele que serve” (Lc 22,27), e pediu a prática do serviço aos discípulos: “Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros” (Jo 13,14).
O Mestre apresentou uma criança como modelo de seguimento: “Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas aquele que me enviou” (Mc 9,37).
A nossa vocação é amar e servir, sem inveja e rivalidade, pois a competição é um veneno que contamina as relações humanas (Tg 3,16).
A comunidade eclesial que se reúne para celebrar a Eucaristia, memorial da Páscoa de Cristo, encontra neste sacramento a força, a luz e a inspiração para o serviço fraterno. Recebemos o alimento espiritual necessário para a nossa vida e missão, de viver o amor e a fraternidade, de sermos promotores da comunhão e da paz.
“Quero ofertar-vos o meu sacrifício de coração e com muita alegria; quero louvar, ó Senhor, vosso nome, quero cantar vosso nome que é bom” (Sl 53,8).