Diante das tensões cada vez mais crescentes no Oriente Médio – vide o conflito entre Israel e o Hamas, os embates no Mar Vermelho envolvendo os Houthis, dentre outros atritos mais locais –, o Irã, um país bastante relevante na região e adversário de influentes potências ocidentais, decidiu pelo início da construção de um novo reator nuclear.
É bem verdade que o país alega possuir intenções pacíficas apenas, não pretendendo enveredar-se pelo caminho da construção de armas nucleares, entretanto essas colocações não têm gerado uma efetiva pacificação dos ânimos na comunidade internacional. Esse passo iraniano é bastante emblemático, demonstrando, por que não, uma nova escalada das tensões na região.
É bastante preocupante o acesso cada vez mais rotineiro a esse tipo de tecnologia, o que pode escalar vertiginosamente grande parte dos conflitos vigentes, ainda mais quando o detentor desse conhecimento tem, ao longo de sua história, se associado a grupos responsáveis pela realização de atentados, crimes de guerra e violações de direitos similares – não sendo, essa contextualização, uma exclusividade iraniana, mas não se devendo, em razão disso, descartar sua pertinência.
