O medo de falar em público está classificado como um dos maiores medos da humanidade. Em pesquisa realizada no ano de 2015, o jornal britânico Sunday Times identificou que o temor é maior até mesmo que o de problemas financeiros, doenças e morte. Dos três mil entrevistados no Reino Unido, 41% responderam que o medo de falar em frente a pessoas é o maior.
Esse medo é conhecido como glossofobia, um termo que vem do grego, já que ‘glossa’ é língua e ‘fobia’ é medo, e que se refere ao que você sente quando está esperando para iniciar ou está realizando uma apresentação em público.
A dificuldade de comunicação tem origens variadas, e está ligada à insegurança, medo de julgamentos, perfeccionismo, dentre outros pontos. Superar tais barreiras para realizar uma boa apresentação ainda é um grande desafio para várias pessoas, por isso o tema tem sido objeto de diversos estudos.
De acordo com matéria publicada pela PUC Goiás, seguir alguns pontos pode melhorar o desempenho e garantir maior segurança. Dentre os itens mencionados estão:
- Planejamento, que consiste em escolher bem o roteiro que irá abordar, identificar fontes seguras, dados e organizar a sequência de fala;
- Praticar, após a escolha dos tópicos, fazer a apresentação sozinho para memorizar;
- Gravar, hoje com o uso de computadores e celulares é possível gravar a apresentação e identificar os pontos de melhoria;
- Público pequeno, se possível escolha um pequeno público para quem você pode apresentar e receber devolutivas;
- Não pensar em julgamentos, porque não existe perfeição, por isso, lembrar sempre que, assim como acontece com atletas e artistas que estão continuamente treinando e ensaiando, o aperfeiçoamento deve ser o compromisso, deixando de lado a perfeição, pois ela paralisa.
Uma das estratégias adotadas por grandes oradores, está a de contar histórias. Existem estudos comprovados, mencionados no livro de GALLO, Carmine, TED, falar, convencer, emocionar: como se apresentar para grandes plateias (2014), demonstrando que há sintonia direta entre o cérebro do orador e do ouvinte nos momentos em que histórias são contadas.
O livro destaca ainda que, assim como nos passos anteriores, planejar, organizar conteúdos, treinar, e lembrar que estamos em processo permanente de aperfeiçoamento, a busca de histórias relacionadas ao contexto é parte crucial do planejamento, pois as pessoas tendem a guardar mais aquilo que lhes toca a alma, que marca com emoção.
O que parece simples para alguns, causa medo e pânico em muitos. A boa notícia é que é possível superar. Quando você toma consciência de que estamos em constante aprendizado, fica mais fácil se lançar, pois só a prática permitirá avançar e sair desse grupo do pavor. Decidir vencer o medo e treinar para ficar bom nas apresentações, beneficia não penas oradores e palestrantes, mas produz reflexos diretos nos relacionamentos sociais, afetivos, profissionais e gera segurança em diversas áreas. Lembre, é uma habilidade treinável que ninguém mais pode fazer por você!
Fontes:
GALLO, Carmine. TED: falar, convencer