(Jo 15, 5).
Em João 15,1-8, Jesus se apresenta como a videira verdadeira, e o Pai é o agricultor. Nós somos os ramos: só teremos a vida plena se estivermos unidos a Jesus, pois sem Ele nada podemos fazer.
O verbo permanecer que aparece várias vezes no texto, indica uma experiência de íntima união e comunhão de vida, sentimentos e compromissos. Permanecer em Jesus é receber da sua vida, do seu amor e do seu perdão. É ter o alimento, a força, a proteção e a comunhão que produz frutos.
Deus é a fonte de tudo. Sem a amizade profunda com Ele as coisas perdem o significado. Tudo o que está fora de Deus, é relativo e passageiro. Nele está a alegria e a felicidade.
Longe de Jesus secamos como o ramo que não permanece unido à videira. Permanecendo nele, guardando os mandamentos (Jo 15,10; 1 Jo 3,24), conservando a comunhão necessária, graças ao Espírito, produzimos os frutos: amor, alegria, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, domínio de si próprio (Gl 5,22-23). A experiência de comunhão profunda e verdadeira com Deus é caminho de santidade.
Celebramos e vivemos a nossa comunhão com Jesus: na Sagrada Escritura, na Sagrada Liturgia, sendo a Eucaristia lugar privilegiado, no Sacramento da Reconciliação e Penitência, na oração pessoal e comunitária, no amor fraterno, no compromisso com os pobres, aflitos e enfermos, na devoção à Maria, são José e aos santos. Celebramos esse encontro “graças à ação invisível do Espírito, na fé recebida e vivida na Igreja” (DAp, 246).
O Senhor corrige os que Ele ama, pois é um Pai que quer bem aos seus filhos e filhas (Pr 3,12; Hb 12,6). Por isso, somos podados em nossos desvios e afeições desordenados, que muitas vezes comprometem as ações retas. Não é castigo, mas condição para produzir os bons frutos.
“És tu o meu Senhor, fora de ti não tenho bem algum” (Sl 15,2).
Minhas orações a todos.
