Religião

Dia Mundial dos Pobres

O Papa Francisco introduziu o Dia Mundial dos pobres a ser celebrado todos os anos no Segundo Domingo do Mês de Novembro. Este ano o tema é: «Sempre tereis pobres entre vós» (Mc 14, 7).

 “O Evangelho de Cristo impele a ter uma atenção muito particular para com os pobres e requer que se reconheça as múltiplas, demasiadas, formas de desordem moral e social que sempre geram novas formas de pobreza. A esmola é ocasional, ao passo que a partilha é duradoura. A primeira corre o risco de gratificar quem a dá e humilhar quem a recebe, enquanto a segunda reforça a solidariedade e cria as premissas necessárias para se alcançar a justiça. A solidariedade social e a generosidade de que muitos, graças a Deus, são capazes, juntamente com projetos clarividentes de promoção humana, estão a dar e darão um contributo muito importante nesta conjuntura. Enfim os fiéis, quando querem ver Jesus em pessoa e tocá-Lo com a mão, sabem aonde dirigir-se: os pobres são sacramento de Cristo, representam a sua pessoa e apontam para Ele”(Papa Francisco).

O amor ao irmão é, portanto, uma condição essencial para fazer parte do Reino. Nós cristãos, cidadãos do Reino, temos consciência disso e sentimo-nos responsáveis por todos os irmãos que sofrem? Os que não têm trabalho, nem pão, nem casa, podem contar com a nossa solidariedade ativa? Os que sobrevivem com pensões de miséria, sem possibilidades de comprar os medicamentos necessários para aliviar os seus padecimentos, podem contar com a nossa solidariedade ativa? Os que estão sozinhos, abandonados por todos, sem amor nem amizade, podem contar com a nossa solidariedade ativa? Os que estão em um leito de hospital podem contar com a nossa solidariedade ativa?

Alguém acusou a religião cristã de ser o ‘ópio do povo’, por pôr as pessoas a sonhar com o mundo que há – de vir, em lugar de as levar a um compromisso efetivo com a transformação do mundo, aqui e agora. Na verdade, nós os cristãos caminhamos ao encontro do mundo que há – de vir, mas de pés bem assentados na terra, atentos à realidade que nos rodeia e preocupados em construir, desde já, um mundo de justiça, de fraternidade, de liberdade e de paz. A experiência religiosa não pode, nunca, servir-nos de pretexto para a evasão, para a fuga às responsabilidades, para a demissão das nossas obrigações para com o mundo e para com os necessitados”(Portal dos Dehonianos).

Pe Mário Reis Trombetta

É vigário da Paróquia Cristo Rei, em Orlândia. Já atuou nas Paróquias Santana, São Crispim e Santa Rita de Cássia, em Franca. Fez Filosofia na Capelinha, com os Agostinianos e, em 1992, seguiu para Florença, Itália, e posteriormente, Madri, na Espanha, para concluir seus estudos. Retornou a Franca em 96 e foi ordenado padre em 98. Completa este ano 23 anos de sacerdócio.

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