“Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!”
(Lc 1,28)
No caminho rumo ao Natal, encontramos a Bem-Aventurada Virgem Maria, a “cheia de graça”, na voz do anjo Gabriel. Pelos méritos de Cristo, ela foi preservada do pecado original e de toda a culpa, e assim, tornou-se a digna Mãe do Filho de Deus. Na graça está a identidade da Mãe de Deus e nossa.
A solenidade da Imaculada Conceição nos ajuda a refletir e a rezar a passagem vocacional mais bela, profunda e significativa das Sagradas Escrituras: a anunciação do Senhor à Maria (cf. Lc 1,26-38).
A anunciação aconteceu por puro amor daquele que vê, ouve, conhece e sente as dores da humanidade. Deus nos ensina a olhar o mundo com compaixão, vencendo as distâncias, preconceitos e barreiras, com confiança, respeitando o ser humano.
O conteúdo da anunciação diz respeito primeiramente ao Messias: quem nasce de Maria é Jesus, o Filho do Altíssimo, o Santo, o Filho de Deus e Rei. Diz respeito à Nossa Senhora, a virgem que encontrou graça diante de Deus. Diz respeito também a nós, pois Jesus nasceu para nos salvar e nos reconciliar com Deus; para que conhecêssemos o seu amor; para ser o nosso modelo de santidade e nos tornar participantes da natureza divina.
Aprendemos de Maria a superar o medo, a fazer um silêncio contemplativo e, na solicitude, dar a Deus uma resposta generosa: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38).
Deus nos escolheu e nos abençoou “para que sejamos santos e irrepreensíveis sob o seu olhar, no amor” (Ef 1,3.4). Maria nos ensina a acolher a graça de Deus. A nossa vocação é vencer a tentação da autossuficiência e do orgulho, que nos afasta do Senhor e dos irmãos e irmãs, e seguir no caminho da santidade.
“Aclamai o Senhor, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!” (Sl 97,4).
Minhas orações a todos.