Religião

A Pandemia e a Cura do Mundo

Foi impressionante o empenho de tantas pessoas neste tempo de Pandemia, que demonstraram em suas ações o amor humano e cristão para com o próximo. São heróis. No entanto, o Corona Vírus não é a única doença a combater; a pandemia trouxe à luz patologias sociais mais vastas: a injustiça social, desigualdades e falta de oportunidades para muitas pessoas. Por vezes temos considerado as pessoas como objetos a serem usados e descartados. Contudo, à luz da fé, sabemos que Deus nos olha de outro modo. Ele criou-nos não como objetos, mas como pessoas amadas por ele e capazes também de amar o próximo. Ele criou-nos à sua imagem e semelhança.

A fé exige sempre que nos deixemos curar e converter do nosso individualismo, tanto pessoal, quanto coletivo. Este terrível vírus colocou o mundo inteiro de joelhos. A Pandemia é uma crise, e nunca se sai igual de uma crise: ou saímos melhores ou piores. Contudo, esta crise nos dá a oportunidade de construir um mundo novo, cuidando de nossa casa comum, superando também a desigualdade e a injustiça social. Poucas pessoas hoje possuem mais do que o resto da humanidade. A obsessão de possuir e dominar exclui milhões de pessoas dos bens primários. A solidariedade é o caminho que devemos percorrer no pós-pandemia, para que sejamos curados de nossas doenças interpessoais e sociais. Se a Pandemia nos trouxe uma crise, a solidariedade é o caminho para sairmos melhores desta crise.

O próprio Cristo, que é Deus, despojou-se, assumindo a nossa humanidade e não escolheu uma vida de privilégio, mas a condição de servo. Estava no meio dos doentes, dos pobres, dos excluídos e pecadores, mostrando-lhes o amor misericordioso de Deus.

Fonte: A Bem-aventuranças e a cura do mundo, Papa Francisco.   

Pe Mário Reis Trombetta

É vigário da Paróquia Cristo Rei, em Orlândia. Já atuou nas Paróquias Santana, São Crispim e Santa Rita de Cássia, em Franca. Fez Filosofia na Capelinha, com os Agostinianos e, em 1992, seguiu para Florença, Itália, e posteriormente, Madri, na Espanha, para concluir seus estudos. Retornou a Franca em 96 e foi ordenado padre em 98. Completa este ano 23 anos de sacerdócio.

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