Religião

2º Dia Internacional da Fraternidade Humana

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO

Estimados irmãos e irmãs!

A fraternidade é um dos valores fundamentais e universais que deveria estar na base das relações entre os povos, para que aqueles que sofrem ou são desfavorecidos não se sintam excluídos nem esquecidos, mas acolhidos, apoiados como parte da única família humana. Somos irmãos!

Todos, nos nossos sentimentos comuns de fraternidade uns pelos outros, devemos tornar-nos promotores de uma cultura de paz, que encoraje o desenvolvimento sustentável, a tolerância, a inclusão, a compreensão mútua e a solidariedade.

Todos vivemos sob o mesmo céu, independentemente de onde e como vivemos, da cor da pele, da religião, da classe social, do sexo, da idade, das condições de saúde e económicas. Somos todos diferentes e, no entanto, todos iguais, e este período de pandemia mostrou-nos isto. Repito mais uma vez: não nos podemos salvar sozinhos !

Todos vivemos sob o mesmo céu, e em nome de Deus, nós que somos as suas criaturas, devemos reconhecer-nos como irmãos e irmãs. Elevemos os olhos ao Céu, pois quem adora a Deus com coração sincero também ama o próximo. A fraternidade leva-nos a abrir-nos ao Pai de todos e a ver nos outros um irmão, uma irmã, a partilhar a vida, a apoiar-nos reciprocamente, a amar e a conhecer os outros.

Todos vivemos sob o mesmo céu. Hoje é o momento oportuno para caminharmos juntos. Não deixemos para amanhã nem para um futuro que não sabemos se virá; hoje é o momento oportuno para caminharmos juntos: crentes e todas as pessoas de boa vontade, juntos.

É um dia propício para darmos as mãos, para celebrar a nossa unidade na diversidade — unidade não uniformidade, unidade na diversidade — para dizer às comunidades e às sociedades nas quais vivemos que chegou o tempo da fraternidade. Todos juntos, porque é essencial sermos solidários uns com os outros. E é por isso que hoje, repito, não é um momento de indiferença: ou somos irmãos ou tudo se desmorona.

Não é o momento do esquecimento. Todos os dias devemos recordar o que Deus disse a Abraão: que quando olhasse para as estrelas no céu veria a promessa da sua descendência, ou seja, nós (cf. Encontro inter-religioso em Ur,  6 de março de 2021). Uma promessa que também se cumpriu nas nossas vidas: a de uma fraternidade tão ampla e brilhante como as estrelas no céu!

O caminho da fraternidade é longo e difícil, mas é a âncora de salvação para a humanidade. Aos muitos sinais de ameaça, aos tempos sombrios, à lógica do conflito, contrapomos o sinal de fraternidade…

Pe Mário Reis Trombetta

É vigário da Paróquia Cristo Rei, em Orlândia. Já atuou nas Paróquias Santana, São Crispim e Santa Rita de Cássia, em Franca. Fez Filosofia na Capelinha, com os Agostinianos e, em 1992, seguiu para Florença, Itália, e posteriormente, Madri, na Espanha, para concluir seus estudos. Retornou a Franca em 96 e foi ordenado padre em 98. Completa este ano 23 anos de sacerdócio.

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