Sete pessoas presas na operação Castelo de Areia são condenadas por agiotagem em Franca
A 3ª Vara Criminal de Franca condenou sete pessoas a penas que somam mais de vinte anos de reclusão em regime fechado, após a deflagração da Operação Castelo de Areia, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO). A operação, deflagrada no final de 2023, desarticulou uma quadrilha que operava na região de Franca, emprestando dinheiro a juros abusivos e cobrando as dívidas com violência e ameaças graves.
Entre os condenados está o ex-policial civil Rogério Camillo Requel, que era o responsável por intimidar devedores e acobertar o esquema ilegal. A quadrilha, segundo a investigação, movimentou pelo menos R$ 36 milhões entre 2020 e 2023, utilizando parte dos lucros para lavar dinheiro por meio de empresas de fachada e aquisição de bens de alto valor, como veículos de luxo e imóveis.
O juiz Orlando Brossi Júnior destacou o esquema de lavagem de dinheiro e a prática da usura, afirmando que todos os envolvidos agiam na cobrança por meio de ameaças e lavagem de capitais, com a finalidade de dissimular a origem ilícita do dinheiro. A decisão judicial também determinou o confisco de valores bloqueados por meio do sistema Sisbajud e de cinco imóveis adquiridos com o lucro das atividades criminosas1.
A condenação é um marco na luta contra o crime organizado na região, reforçando a importância da cooperação entre as forças de segurança e o Ministério Público para desmantelar esquemas ilegais e proteger a população.