Polícia

PM assassino de Thabata é expulso da corporação mais de um ano após o crime

Douglas da Silva Teixeira responde pelo crime de feminicídio em liberdade

O policial militar Douglas da Silva Teixeira, acusado de assassinar a tiro sua ex-namorada Thabata Caroline Gonzales Silva, 34 anos, foi expulso da PM. A expulsão da corporação ocorreu no dia 20 de dezembro e foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira, 22. O crime ocorreu no dia 18 de novembro de 2021 e, apesar da gravidade da acusação, Douglas aguarda o julgamento pelo crime de feminicídio em liberdade, concedida pelo juiz da Vara do Juri, Execuções, Infância e Juventude do Foro de Franca, José Rodrigues Arimatéa, em setembro passado.

De acordo com a nota do Diário Oficial, o soldado foi expulso pelo “cometimento de atos atentatórios ao Estado, à Instituição e aos direitos humanos fundamentais, bem como desonrosos, consubstanciando as faltas disciplinares de natureza grave previstas no nº 2 do § 1º do Art. 12 e no nº 26 do parágrafo único do Art. 13 c.c. os nº 1, 2 e 3 do § 2º do Art. 12, tudo do Regulamento Disciplinar da Polícia Militar (LC 893/01)”.

O crime

A morte de Thábata abalou Franca no final do ano de 2021. Seu corpo foi encontrado na manhã do dia 18 de novembro dentro de seu próprio carro em uma chácara às margens da rodovia Tancredo Neves. Thabata foi morta com um tiro na cabeça. Ela e Douglas estavam se separando e ele não aceitava o fim do relacionamento. Testemunhas e amigas de Thábata relataram troca de mensagens e conversas em que a jovem contava que Douglas a ameaçava há bastante tempo.

Em um vídeo que ficou com a irmã de Thábata, ela mostrava as marcas roxas de uma das agressões no pescoço. Ela já tinha, inclusive, uma medida protetiva contra o ex-companheiro, mas acabou retirando a queixa tempos depois.

Thabata trabalhava em um frigorífico quando foi assassinada e deixou duas filhas, uma com Douglas e outra de um outro relacionamento.

Alessandro Macedo

É jornalista e editor da Folha de Franca

Um Comentário

  1. Deveria devolver o dinheiro recebido do Estado. Afinal, não cabe ao Estado me a manter bandido assassino
    E a prisão?
    Quando será ? Já que um juíz bonzinho e incompetente o libertou!

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