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Quadrilha que movimentou R$ 170 milhões em Franca e outras cidades está na mira do Gaeco

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo) deflagrou nesta quarta-feira, 22, numa operação em cooperação com a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, Polícia Civil e Polícia Militar, para cumprir 76 mandados de busca e apreensão em Franca e outras 18 cidades da região (Miguelópolis, Nuporanga, Rifaina, Barretos, Ribeirão Preto e São Joaquim da Barra) e do outras regiões do Estado de São Paulo (Barueri, Francisco Morato, Santana de Parnaíba, São Paulo, Campinas, Itatiba, Itupeva, Itaquaquecetuba, Piracicaba, São Pedro, Guarujá, Praia Grande). A investigação, intitulada Operação Noteiro, tem como objetivo o desmantelamento de uma organização criminosa de lavagem de dinheiro decorrente da exploração de jogos de azar por todo o país. São investigadas 33 pessoas, além de diversas pessoas jurídicas.

Em entrevista coletiva, os promotores do Gaeco Adriano Melega, Paulo Carolis e Rafael Piola detalharam a investigação e disseram que na região de Franca são pelo menos 15 mandados. “A quadrilha agia se utilizando de equipamentos e softwares específicos de jogos de azar que eram apresentados como totens de acesso à internet em diversos locais das cidades, como bares, por exemplo”, explicou o promotor Paulo Carolis.

O esquema aproveitava-se da constituição de empresas formais que, ao realizarem negócios entre elas e emitirem documentos fiscais referentes às transações, acobertavam movimentação financeira decorrente da exploração de jogos de azar no valor apurado de R$ 170 milhões, entre janeiro de 2017 e dezembro de 2021, valor este que, diluído no tempo e nas empresas criadas, foi absorvido por supostas atividades de venda de noteiros (validadores de cédulas) para estações de acesso à internet, bem como locação de referidas instalações, com posterior branqueamento por empresas de veículos, construtoras e diversas outras.

Os integrantes da organização criminosa estão sendo investigados em dois procedimentos criminais do Gaeco as cautelares deferidas pelos juízos respectivos determinaram, além das buscas, o sequestro de todos os bens dos investigados, dentre contas bancárias, veículos, imóveis e outros ativos com valor econômico.

Participam da operação 24 Promotores de Justiça, 33 servidores do Ministério Público, 40 Auditores Fiscais, 08 Delegados de Polícia, 95 Policiais Civis e 156 Policiais Militares.

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