O primeiro dia em que passaram a valer as novas restrições contra o avanço da covid-19 em Franca foi bem movimentado. As medidas restritivas, que proíbe o atendimento presencial em estabelecimentos comerciais, além de fechar academias, restaurantes, bares e escolas, foram anunciadas pelo prefeito Alexandre Ferreira (MDB) na última terça-feira, 18.
Nas praças Nossa Senhora da Conceição e Barão, lugares que normalmente atraem muitas pessoas, a movimentação era intensa pela manhã e início da tarde, mesmo com o impedimento da presença de clientes nas lojas. Crianças, jovens e até idosos, se aglomeravam nos bancos e, em alguns casos, pessoas sem máscaras passavam pelos calçadões.
Outro ponto que chamava a atenção era o grande número de carros estacionados pelas ruas do Centro da cidade. Mesmo com as restrições que buscam menos movimentação na cidade e, consequentemente a queda na transmissão do vírus, a maior parte das vagas de estacionamento estavam ocupadas e era difícil encontrar um lugar para parar.
Ambulantes, com frutas, meias, tapetes, roupas, cobertas e brinquedos também se espalhavam pelos calçadões e praças da região Central.
“O fato é que o ou o prefeito para tudo, decreta o lockdown e fecha tudo por um dia e multa todo mundo que descumprir ou viveremos dias ainda mais nebulosos. A população não se conscientiza da necessidade de evitar aglomerações. O problema não é o comércio, não são as lojas, são as festas clandestinas, são aqueles que dizem não acreditar e depois estão lá ocupando as vagas de UTI e outros que só precisavam trabalhar e ficam sem vaga e morrem”, desabafou a diarista Roberta Santos, 34, que aguardava na fila de um banco para resolver um problema no Auxílio Emergencial.
Nas lojas o atendimento por takeaway (retirada no estabelecimento) era mantido nas portas. Mesmo assim em algumas delas foram registradas filas e até pequenas aglomerações.
Em bairros como Estação e Leporace, além de avenidas como Brasil, Francisco Marques e Paulo VI, a movimentação de veículos e pessoas, seja em bancos ou estabelecimentos comerciais, era grande hoje, contrariando as orientações do decreto municipal.
Nos últimos dias, de acordo com dados do Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, o isolamento em Franca foi em média de 36%, sendo que o maior índice foi registrado no domingo, 16, quando alcançou 42%, ainda muito abaixo do ideal.
ACIF
Em nota, encaminhada à imprensa, a Acif (Associação do Comércio e Indústria de Franca) informou que “em defesa de seus associados e da classe empreendedora como um todo, fizemos esforços pela manutenção das modalidades takeaway, drive-thru e delivery, a fim de que as medidas de segurança sejam respeitadas e o comércio possa trabalhar dentro dos limites possíveis, perante o agravamento da situação epidemiológica”.
Na nota, a Acif aproveitou para fazer um apelo à população para que respeite os protocolos sanitários não promovendo aglomerações, fazendo o uso contínuo da máscara, utilizando álcool em gel, respeitando o distanciamento social e vacinando-se, quando possível. Só assim poderemos conter a propagação do coronavírus, socorrer o sistema de Saúde, proteger vidas e preservar empresas e empregos.
