Lamentos e inações
Estão do lado de fora
Parentes de vítimas e ameaçados.
Amigos choram com demora
A partida precoce de parças amados.
O altar são os muros da escola
Atacada pelos discípulos da tragédia.
Velas acesas, e a fumaça evola,
A traçar almas em tons de comédia.
Murchas vão ficando as flores
Postas ou jogadas na cimentada calçada.
A perda do viço tem a ver com horrores
Dos que foram alvos da chocante caçada.
A concretização das cruéis ameaças,
De ataques aleatórios quanto a quem matar,
É a desova da desestruturação e desgraças
Cultivadas, também, de famílias sem lar.
A casa deve ser construída na sabedoria,
Uma vez firmada na suprema inteligência.
Desta fluem bens preciosos, e a alegria.
Nunca a educação de filhos com negligência.
Na investigação e levantamento das causas
Do arsenal e estratégias de atentados em massas,
Agentes da política e da polícia, em andropausas,
E outros, discursam para as redes, suas argamassas.
Théo Maia
15/04/2023, às 13h08