Os francanos lotaram o Atacadão já na manhã desta sexta-feira, 04 de junho, após uma decisão judicial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que autorizou a reabertura do supermercado durante o lockdown, que vai até o próximo dia 10. Logo nas primeiras horas da reabertura o local ficou cheio. No estacionamento motos e carros disputavam espaço e em muitos casos era difícil encontrar uma vaga. Na entrada do supermercado a fila era longa e consumidores chegavam a disputar carrinhos. Nos carrinhos, os produtos preferidos eram arroz, feijão, macarrão, bolachas, leite, além de itens de higiene e limpeza. Dentro do supermercado os consumidores lotavam os corredores e as filas nos caixas também eram grandes.
O Atacadão teve parecer favorável para funcionar ontem, feriado de Corpus Christi. A liberação foi assinada pelo desembargador Décio Notarangeli, do TJ/SP. Além do supermercado, a rede Savegnago também conseguiu na última terça-feira, 1º de junho, autorização para abrir. Depois de funcionar por dois dias, a rede optou por permanecer com as lojas fechadas no feriado e também nesta sexta-feira. “É complicado. Sei da necessidade do isolamento, mas as entregas estão demorando e isso é um fato. Fiz um pedido na segunda-feira e só recebi na quarta-feira. Mesmo assim ainda não consegui comprar algumas coisas e hoje aproveitei a abertura do Atacadão para isso. Infelizmente não tinha como estocar produtos e agora que recebi consigo completar o que precisava”, disse a vendedora Bárbara Lima, de 39 anos.
Outros supermercados também entraram na Justiça solicitando a retomada do atendimento presencial, mas até o momento todos os pedidos foram negados. Uma nova reunião entre proprietários de supermercados e o prefeito Alexandre Ferreira (MDB) deve acontecer nesta sexta-feira para discutir o assunto.
Enquanto isso, a Prefeitura afirmou que busca na Justiça uma forma de reverter a decisão que permite a abertura dos supermercados até que o lockdown termine. Para isso, a administração municipal deve acionar o STF (Supremo Tribunal Federal).
NÃO PODE ABRIR
Uma decisão do presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco, também dessa quinta-feira (3) atendeu o pedido da Prefeitura e suspendeu as liminares que autorizavam algumas empresas a furar o lockdown na cidade.
Entre as empresas já voltaram a fechar as portas nesta sexta-feira estão as drogarias e farmácias que são associadas ao Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo, sendo que a abertura das farmácias e drogarias associadas à Aprofran (Associação das Farmácias e Drogarias de Franca e Região) segue permitida. Um curtume, um frigorífico, uma fábrica de produtos hospitalares e outra de calçados, que até então estavam funcionando, também precisaram paralisar a produção.
