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Farmácias pedem autorização para manter atendimento presencial durante lockdown

O presidente da Aprofran (Associação das Farmácias e Drogarias de Franca), Moacir Piola, falou aos vereadores na manhã desta terça-feira, 25, sobre a necessidade de que seja mantido o atendimento presencial nos estabelecimentos durante o lockdown, que passa a vigorar em Franca a partir desta quinta-feira, 27, e segue até o dia 10 de junho. Neste período, de acordo com o decreto do prefeito Alexandre Ferreira (MDB), as farmácias poderão funcionar, mas apenas no sistema de delivery (entrega em casa). “Vou enumerar alguns problemas que surgirão para a população caso o atendimento nas farmácias seja mantido apenas no delivery. A farmácia, além de vender o medicamento, participa de alguns programas do Governo, como o Farmácia Popular, que precisa do atendimento presencial. Se o atendimento presencial for proibido, esses pacientes ficarão sem o medicamento durante o lockdown”, explicou Piola.

Segundo dados da Aprofran, Franca possui hoje cerca de 170 farmácias e drogarias. São, aproximadamente, 15 mil atendimentos por dia. O presidente da Aprofran, reforçou ainda que alguns medicamentos, como os controlados (conhecidos como tarja preta), não podem ser entregues em casa. “Farmácia é um serviço essencial, nem preciso ficar batendo nisso aqui. Os remédios controlados precisam ser buscados nas farmácias. A drogaria não pode entregar isso em casa, precisa ter a receita na farmácia, com o atendimento lá. Por que isso pode trazer complicações até para o entregador… O controle e a fiscalização na hora de vender o medicamento deve ser feito todo na farmácia”, disse Piola, que afirmou ainda nunca ter visto aglomerações em farmácias.

O presidente da Aprofran falou ainda sobre as dificuldades que os clientes podem enfrentar no momento de pedir os medicamentos, seja por não entenderem as receitas ou mesmo por uma única farmácia não ter todos os medicamentos que essa pessoa precisa e a mesma ter que acionar outros estabelecimentos ou até pelo prazo da entrega, que pode demorar. Uma opção, para Piola, seria permitir o atendimento presencial nos estabelecimentos, mesmo que por um período menor no dia.

Apesar de afirmarem entender a necessidade das farmácias, os vereadores afirmaram que neste momento é preciso fazer sacrifícios. “Sabemos realmente o serviço prestado pelas farmácias. Mas se analisarmos pelo lado comercial, as farmácias foram as que menos foram prejudicadas neste tempo todo de pandemia já que não fechamos. Estamos em um momento muito difícil, um momento diferenciado… Um momento desesperador e não temos estrutura para atender. Temos que fazer nosso sacrifício. O momento é muito complicado”, disse Donizete da Farmácia (MDB).

“Se for abrindo exceções acaba ficando tudo na mesma… Temos que lembrar também dos funcionários das farmácias… Precisamos procurar caminhos”, disse Carlinho Petrópolis (PL) reforçando entender a necessidade das farmácias.
“Hoje Franca tem a segunda maior taxa de contaminação da covid-19 no estado de São Paulo… Se tem um seguimento que não pode reclamar é o de farmácias. Precisamos entender que o que dá para segurar em 15 dias, tem que segurar. Podemos virar uma Manaus. Não é hora de ninguém soltar a mão de ninguém. Por que eu vejo que além da economia, existe a vida das pessoas e precisamos priorizar a vida”, disse Gilson Pelizaro (PT).

Os vereadores Donizete e Carlinho afirmaram que tentarão agendar uma reunião com o prefeito Alexandre Ferreira para discutir a questão das farmácias e buscar uma alternativa.

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