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De Franca para o Brasil: casal de palhaços começa hoje a realizar o sonho de fazer arte itinerante

Maria Luiza Grillo é a Boneca e Guilherme Facirolli é o Escovinha. Ela tem 42 anos e ele, 25. Os dois são palhaços de rua e trabalham nos semáforo de Franca há cerca de 3 anos. Mas não é só a arte que os une. Eles vivem uma linda história de amor e compartilham um sonho: querem comprar uma Kombi e sair Brasil afora levando sua palhaçaria. Apesar de toda a vontade, ainda não têm o dinheiro necessário para a compra do veículo, mas decidiram começar a realizar esse sonho, mesmo sem as condições ideais. Eles embarcam hoje mesmo em sua Belina para se apresentarem pelas ruas de cidades da região. Já se desfizeram de todos os móveis e pertences e sairão nessa aventura Clown com a cara e a coragem.

Malu e Guilherme começaram na arte de serem palhaços um pouco antes da pandemia. Os dois já tiveram diversos empregos, entre artesanato autônomo e serviços registrados em empresas reconhecidas. Porém a vida convencional nunca chamou muito a atenção dos artistas de sinaleiro. E foi na arte das ruas que o casal encontrou o verdadeiro sentido para viver.

Tudo começou quando Guilherme já não estava tendo grande retorno com o artesanato e após tentativas sem sucesso no mercado de trabalho convencional, começou a trabalhar de palhaço com um amigo. Nesse meio tempo, Malu morava no interior mineiro e também trabalhava com artesanato e foi, inclusive, esse trabalho que os aproximou e começaram a namorar. Malu visitava Franca mensalmente para ficar com o então namorado. O amor dos dois só aumentava e a artesã resolve se mudar para a Terra do Calçado. Entretanto, com as portas fechadas no mercado de trabalho, despertou em Malu a vontade de acompanhar o namorado nos semáforos da cidade. “Eu precisava de dinheiro e lembro que ele voltava com dinheiro todo dia. Diante disso pedi para ele me ensinar a arte dos malabares. Comecei aos poucos, fui evoluindo passo a passo e me aprimorando. Enquanto aprendia, descobria também minha identidade como palhaça e ele também. Ficamos felizes com a acolhida dos francanos. As pessoas que passavam pela Avenida Hélio Palermo me receberam muito bem.”

Mas engana-se quem pensa que apenas de dom e vocação vivem os artistas de rua. Malu conta que o casal investiu também em capacitação para executar melhor a art. “Fizemos curso de oratória, curso de improviso, visando evoluir”. Por quase três anos trabalhando juntos, os palhaços Escovinha e Boneca foram se tornando rostos conhecidos na cidade de Franca. “Hoje temos a certeza que viemos nessa vida para trabalhar com a arte da palhaçaria”, diz Malu, orgulhosa.

Depois desses anos trabalhando na cidade, o casal decidiu, então, que é hora de levar a risada e a habilidade para outros lugares do país. Para a compra da tão desejada Kombi, os simpáticos palhaços precisam levantar cerca de 10 mil reais. Para conseguir esse valor, criaram uma vakinha virtual por meio da qual mais pessoas que admiram o trabalho e se emocionam com a história dos dois podem colaborar. Até o momento, pouco mais de 10% da meta foi alcançada. Se você gostou da história e quiser colaborar, aqui está o link: vakinha virtual.

Caso queira colaborar de outra maneira, basta entrar em contato direto com Malu no número (35) 9176-7833. Acompanhe também a trajetória do casal em seu perfil no Instagram: @escovinhadaboneca

Vitor Hugo Ferreira

É estudante de jornalismo.

Um Comentário

  1. Amei…eles merecem são mega esforçados.Tem uma história e a realidade bem real dos brasileiros.Lutam e conseguirão esse sonho.Creio que com toda certeza se tornará um sonho dos francanos também a realização desse sonho!

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