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Com as ‘bênçãos’ do prefeito, Claudinei é reeleito na Câmara

O rolo compressor do prefeito entrou em cena e decidiu a eleição para a presidência da Câmara nesta manhã de quinta-feira, 2 de dezembro. Numa virada costurada com as “bênçãos” do Executivo na véspera, Claudinei da Rocha (MDB) bateu Carlinho da Farmácia (PL) por apenas um voto de diferença, 8 a 7. A surpresa ficou pela desistência de Kaká (PSDB), até então, favorito.

A disputa na Câmara estava concentrada entre Carlinhos e Kaká. Atual presidente, Claudinei da Rocha era apontado como azarão. Na quarta-feira, ele pediu socorro ao prefeito, que é o líder do MDB na cidade. Uma derrota de Claudinei, seria também uma derrota de Alexandre. Reviravoltas estranhas aconteceram horas depois: sem um motivo aparente, Kaká abriu mão da candidatura à presidência para ser o segundo secretário de Claudinei. Lurdinha Granzotti, que seria a vice-presidente na chapa de Carlinhos, mudou de lado e se contentou em ser a segunda secretária de Claudinei.

Com os votos de Palamoni, Della Motta, Ronaldo Carvalho, Lindsay, Lurdinha, Kaká, Luiz Carvalho e o próprio voto, Claudinei garantiu a reeleição. Carlinhos teve o próprio voto mais os de Daniel Bassi, Donizete da Farmácia, Ilton Ferreira, Zezinho Cabeleireiro, Gilson Pelizaro e de Marcelo Tidy.

Defensor da candidatura de Carlinhos, Gilson Pelizaro tornou público após a votação os comentários que estavam restritos aos bastidores. “Compromissos precisam ser cumpridos. Tem gente que vende a mãe na feira e entrega para alimentar ego, para ocupar cargos. O Poder Legislativo não pode virar chacota”. Na opinião de Pelizaro, o placar apertado é um indicativo de que o prefeito Alexandre Ferreira terá dificuldades no ano que vem para conseguir aprovar projetos que dependem de dez votos. “Tem gente que mais perde do que você, Carlinhos. Nem sempre oito ganha de sete. No ano que vem, vamos demonstrar isso”.

Carlinho não escondeu a frustração com a traição de vereadores que haviam garantido apoio a ele e disse em seu discurso que o Poder Legislativo perde força ao se submeter às pressões do Executivo. “Não é derrota. Não é rancor, nem nada, mas as coisas têm que ser feitas às claras. Espero que esta Câmara passe a ser uma Câmara e, não, um puxadinho da Prefeitura”. A Mesa Diretora será formada por Claudinei, presidente, Pastor Palamoni, vice-presidente, Lurdinha Granzoti, primeira-secretária e Kaká, segundo-secretário.

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