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Balangandã

Em minhas últimas experiências recentes, me coloquei em um cárcere reflexivo forçado. A potência minúscula mental, fez-me pensar minha passagem nesse plano terrestre. Os sábios tentam nos “explicar” ludicamente, mas insistimos em não aprender no amor: somos o que somos, mínimos e mortais. Ora parasitas, outrora seres transformadores com um peito que rasga diante a nudez da vida.

No pêndulo de emoções diante das adversidades, derrotas ou tremores, como um miúdo consciente, além de voltar para si é preciso voltar para casa da mãe. Ainda que seja para tomar um simples cafezinho com açúcar, feito pelo pai, às seis meia da manhã, ou meramente receber aquele revitalizador copo d’água do velho filtro de barro da época de criança.

Esse reencontro com as origens é uma energização necessária para o enfrentamento diário frente as friezas alheias. As orações de mamãe são fortes e protetoras (risos). Nos cobrem com todas as armaduras do sincretismo religioso. No fim de tudo, o retorno para essa fortaleza simbólica, é para se sentir protegido. Pois, a vida adulta que sonhávamos era cheia de aventuras, mas não sabíamos que continha tantos dragões internos e externos assim a serem enfrentados (risos). Ali podemos nos despir das “obrigações”, que seremos amados assim mesmo.

Nas vésperas dos trinta e quatro anos, muitos foram os recomeços. É quase que um fervor interno atrás de novos desafios. Uma inquietude de menino peralta, em busca de traquinagens que resultam em novos empregos, experiências, escritos, vivências sociais e tudo mais. Trata-se de sentir voraz em experimentar a vida, colocando-me diante da necessidade de arriscar feito um equilibrista a meio fio. Enfim, viver é isso, um eterno balangandã.

Obs.: escrito em 04/06, às vésperas dos 34 anos (07/06/2023)

Dione Castro

É administrador de empresa, estudante de gestão empresarial pela Fatec, graduado em direito e um eterno curioso.

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