Testemunha acusa ex-policial do sequestro do pastor Koh
A luta pela resolução do sequestro do pastor Raymond Koh continua e no dia 23 de outubro houve mais uma audiência na Malásia. O relatório secreto da Força-tarefa Especial (STF, da sigla em inglês) foi aberto, mas os dados apresentados eram discrepantes dos apresentados pela Suhakam (Comissão de Direitos Humanos da Malásia). O interrogatório foi realizado pelo Conselho Federal Sênior (SFC).
Enquanto a STF registrou apenas três movimentos do pastor Koh, a Suhakam tinha uma carta contendo mais de 237 movimentos de entrada e saída do pastor do país ao longo dos anos.
Datuk Abdul Rahim Uda, ex-presidente da STF, afirmou que recebeu os registros de viagem dos investigadores e não do Departamento de Imigração. Ele disse que a Força-tarefa concluiu que os sequestros de Amri Che Mat e de Koh não são casos de desaparecimento forçado, mas da ação de policias desonestos independentes.
O advogado da família Koh, Steven Thiru, manifestou espanto em relação à diferença dos dados sobre o movimento do pastor Koh. “Estou muito perplexo ao ver essas informações. Tantas diferenças.”
O juiz Su Tiang Joo perguntou a Rahim: “Se essa informação fosse dada à STF, qual seria o impacto nas conclusões do relatório?”. O interrogado respondeu: “Acho que isso afetaria a natureza do sequestro – poderíamos investigar as pessoas que ele estava conhecendo e o motivo pelo qual ele estava deixando o país e o que ele estava realmente fazendo”.
Para provar que o líder cristão e sua esposa Susanna Koh saíam diversas vezes do país, e a STF não estava registrando, o advogado apresentou o passaporte da cristã com muitos carimbos da imigração. Então, o juiz questionou novamente a testemunha por que isso não foi considerado no relatório da STF, enquanto foi claramente registrado no inquérito da Suhakam.
A testemunha explicou que o modus operandi da Força-tarefa é diferente e não podem chamar testemunhas como a Suhakam. Também afirmou que dependem de um oficial de investigação e não tinham poderes especiais para investigar o movimento do pastor Koh. “O que quer que tenha sido relatado a nós, colocamos no relatório”, afirmou Rahim.
Relatório da Força-tarefa Especial
O juiz questionou se o objetivo da Força-tarefa Especial era replicar ou investigar o relatório. A testemunha respondeu: “Não deveríamos replicar, mas investigar a verdadeira causa do sequestro de Raymond e Amri”.
O advogado da família Koh questionou por que é necessária uma investigação mais aprofundada dos três policiais mencionados no relatório da STF. Rahim respondeu que havia muitas coisas que levaram a descobertas desconfortáveis que poderiam ter sido investigadas mais profundamente se tivessem os recursos.
Carro do sequestro
Outro ponto da audiência foram as perguntas referentes ao carro, um Toyota Vios Dourado, que foi visto nas cenas dos sequestros de Amri e Koh. O proprietário do veículo é Saiful Bahari, um policial contratado por 12 anos que não foi encontrado pelos investigadores.
Rahim testemunhou que houve alerta em mídias para o público pudesse ajudar a encontrar Bahari. “Presumimos que Saiful não quis aparecer e cooperar com a Força-tarefa ou alguém o impediu de se apresentar”, acrescentou a testemunha.
Rahim foi dispensado como testemunha, e a próxima audiência está marcada para janeiro de 2025.
Pedidos de oração
- Interceda para que o Senhor traga luz sobre os sequestros de Amri e do pastor Raymond Koh e tudo seja resolvido.
- Clame por paz, força e encorajamento para Susanna e os filhos do pastor Koh.
- Ore para que as autoridades envolvidas trabalhem com honestidade e diligência para resolver os casos e punir os responsáveis.