Jogos Universitários Brasileiros chegam ao Rio Grande do Norte

Um dos maiores eventos esportivos da América Latina, os Jogos Universitários Brasileiros (Jubs), começa nesta segunda-feira (6) em Natal, reunindo cerca de sete mil estudantes de mais de 310 universidades do país. Até o dia 18 de outubro eles disputarão 3.200 medalhas em 22 modalidades, além de participarem de competições acadêmicas e de ações sociais. Segundo o presidente da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU), Alim Maluf Neto, o número de estudantes envolvidos nos jogos é ainda maior: “As 27 federações fizeram seletivas estaduais para que os melhores estivessem aqui em Natal. A gente chega então a 80 mil atletas que participaram com o sonho de ser um desses sete mil atletas que estão aqui”.
As competições começam na próxima terça-feira (7) em 30 praças esportivas espalhadas pela capital do Rio Grande do Norte, com o coração do evento no Centro de Convenções de Natal, onde está o Boulevard dos Atletas. O espaço é um ponto de encontro dos participantes, com atividades culturais, brincadeiras e descontração entre estudantes, equipes técnicas e visitantes. Lá também serão realizadas as competições de lutas, do basquete x1 e os jogos eletrônicos (games).
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Pesquisa também ganha medalha
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Além das competições esportivas, os Jogos também incluem uma modalidade acadêmica. Nela os alunos podem inscrever trabalhos acadêmicos que são avaliados por uma banca e também podem ser premiados com medalha. Segundo o vice-presidente da CBDU, Luciano Cabral, essa é uma forma de impulsionar a pesquisa, que é um diferencial do esporte universitário, trazendo para os jogos alunos que têm uma vocação para a pesquisa e para a produção do conhecimento.
“Ela premia como o judô e a natação, pontua igual, recebe medalha igual, mas premia a pesquisa. Nós temos três bancas, que são nove professores doutores. As bancas são divididas, fazem avaliação e os três melhores trabalhos apresentados recebem medalha, com pontuação”, explica Luciano.
Estrutura e impacto econômico
Dos cerca de 7 mil participantes, pouco mais de 200 são de Natal e representam 9 universidades locais. Todo esse volume de atletas e de atividades exige também uma grande estrutura e logística da organização do evento, com mais de 38 mil diárias de hospedagem, 72 mil refeições programadas, além do deslocamento de alunos e equipes técnicas (estão previstos 54 ônibus, 60 vans e 65 carros de trabalho). Um evento de grandes números, segundo Alim Maluf Neto: “Estamos com mais de 500 pessoas fazendo parte do grupo de trabalho, entre funcionários da CBDU, funcionários temporários, arbitragem, serviços terceirizados, uma mega-estrutura para atender essas sete mil pessoas. Para nós é um orgulho muito grande fazer parte disso e dar a oportunidade de os nossos alunos atletas, nossos futuros líderes, terem essa experiência de desfrutar o esporte universitário”.
A organização do evento espera que o impacto econômico do evento na capital do Rio Grande do Norte seja de cerca de R$ 3,5 milhões. O subsecretário de Esporte e Lazer do Rio Grande do Norte, Cezinha Nunes, afirma que esse impacto acontecerá em várias áreas: “Natal é uma cidade litorânea, você pode jogar pela manhã e de repente ir fazer um passeio nas dunas com sua equipe. Isso é muito válido. Acho que o impacto de grandes proporções não apenas no esporte, como no turismo, na economia, no que as pessoas levarão daqui para seus estados”.
Ações Sociais
Os Jubs também serão palco de ações sociais em Natal, como conta a coordenadora de responsabilidade social da entidade, Elaine Morellato. A primeira delas, que acontece ainda esta semana, é a visita de alunos do ensino fundamental, com idades a partir de 9 anos, ao Boulevard dos Atletas. As crianças conhecerão o espaço e acompanharão a rotina dos atletas, além de participarem de brincadeiras. Também serão realizadas ações voltadas para mulheres em situação de vulnerabilidade social. “A responsabilidade social é isso. Temos que mostrar o mínimo de impacto, deixar um legado e deixar uma mensagem”, declarou. “Para as crianças, mostrar que elas são os futuros universitários, estarão nos Jubs no futuro. Eu, por exemplo, estive em Natal em 1999 como atleta e hoje estou como coordenadora. A ideia é essa, essa roda tem que continuar a girar”, conclui.