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Doria confirma saída do governo de SP e que é candidato à Presidência

Depois de um dia marcado por notícias desencontradas e tensão, João Doria (PSDB) anunciou hoje a saída do governo do Estado. Ele deve manter a candidatura à Presidência da República.

A oficialização ocorreu após o 4º Seminário Municipalista, em evento que contou com plateia e escola de samba, no Palácio dos Bandeirantes. Paralelamente, ocorreram reuniões com aliados no Palácio dos Bandeirantes desde a manhã desta quinta-feira (31).

O primeiro a discursar foi o secretário do Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi —que também é presidente do diretório estadual do PSDB. Ele anunciou: “Uma salva de palmas para o futuro presidente do Brasil, nosso governador do Estado de São Paulo, João Doria”. Em seguida, o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Carlão Pignatari (PSDB), também elogiou Doria.

Aprofundamento da crise no partido O governador teria comunicado ontem o seu vice, Rodrigo Garcia, que cogitava desistir da candidatura ao Planalto e continuar no governo estadual, conforme revelou o jornal Folha de S.Paulo. Isso romperia com um acordo fechado há três anos entre os dois políticos: Garcia se filiou ao PSDB e seria o candidato do partido ao governo paulista, enquanto Doria disputaria a campanha nacional. A notícia movimentou a política paulista —aliados chegaram a pedir ajuda de tucanos históricos, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador José Serra, para convencer Doria a sair do cargo e se lançar à campanha nacional.

Também houve pressão do presidente da Câmara Municipal da capital paulista, Milton Leite (União Brasil) e o MDB, do prefeito Ricardo Nunes, participou das articulações. No fim da manhã, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, havia enviado carta ao diretório de São Paulo afirmando que Doria era o candidato à Presidência da República pela sigla.

Bruno Araújo diz que Doria deverá concorrer ao Palácio do Planalto - Reprodução/PSDB - Reprodução/PSDB
Bruno Araújo diz que Doria deverá concorrer ao Palácio do Planalto (Imagem: Reprodução/PSDB)

O tucano é pré-candidato desde novembro, quando venceu as prévias do partido, em meio a conflitos internos com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Mas uma série de reviravoltas e acusações de traições causaram discussões e incertezas nas últimas horas.

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