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Cruz Vermelha implora para que hackers não vazem dados de 500 mil pessoas

A Cruz Vermelha Internacional detectou um ataque hacker ontem (19) que comprometeu dados de 515 mil pessoas em situações de vulnerabilidade – entre as informações, podem ter dados de quem foi separado da família devido a conflitos armados, migrações, catástrofes e pessoas desaparecidas com seus entes.

A instituição, que presta assistência humanitária em diversas partes do mundo, pede que as informações não sejam vazadas ou comercializadas.

“Suas ações poderiam causar mais danos e dor a pessoas que já passaram por um sofrimento inenarrável. Por favor, faça o que é certo. Não compartilhe, não venda, não vaze nem utilize esses dados de nenhum outro modo”, disse Robert Mardini, diretor-geral do CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha), em comunicado.

O que se sabe sobre o ataque contra a Cruz Vermelha

O ataque comprometeu o Restore Family Links, um serviço da entidade que ajuda a reunir famílias. O site ainda está fora do ar e, segundo o site Ars Technica, a última atualização da página foi em 27 de dezembro, indicando que a investida pode ter ocorrido há algumas semanas.

Durante conflitos e catástrofes, famílias podem perder o rastro de algum parente. O CICV e sociedade nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho [nome da entidade em países não cristãos] trabalham para descobrir o paradeiro das pessoas desaparecidas, trocar mensagens e reunir famílias.

A Cruz Vermelha, cuja sede fica em Genebra (Suíça), não sabe quem foi o autor do ataque cibernético e ainda não se tem conhecimento se as informações obtidas foram divulgadas ou compartilhadas. O alvo do ataque foi uma empresa prestadora de serviços com a qual a entidade tem contrato para armazenamento de dados. Os dados comprometidos pelos hackers incluem informações de pelo menos 60 sociedades nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho de todo o mundo.

A cada dia, o Movimento da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho ajuda a reunir uma média de 12 pessoas desaparecidas com suas famílias. Ataques cibernéticos como esse colocam em risco esse trabalho vital”, disse Mardini.

*Com informações da AFP e do site Ars Technica

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