
No caminho para Jerusalém, Jesus escolheu e enviou setenta e dois discípulos em missão, para anunciar o Reino de Deus.
O chamado e o envio são iniciativas do Senhor. O Pai é o dono da messe. Jesus é seu autor. O Espírito é a alma da missão. Os discípulos são colaboradores.
O trabalho missionário requer a união dos discípulos: eles são enviados dois a dois. A comunhão na Igreja é sinal de obediência ao Senhor e sintonia com a sua vontade.
A oração é o alimento na missão. Como Jesus, os discípulos devem rezar, pois esta experiência coloca os missionários em comunhão com Deus e a buscar nele, a força e as graças necessárias para o trabalho.
Os discípulos devem estar prontos para enfrentar os desafios e as resistências à missão. Mas a cruz de Cristo é a nossa glória (cf. Gl 6,14).
A pobreza e a simplicidade são condições para se entrar na dinâmica do Reino.
Os discípulos são portadores da Boa Nova do Reino de Deus: o anúncio da paz, a cura dos doentes e a libertação do mal são sinais.
A alegria não é fruto do voluntarismo dos discípulos, mas das maravilhas que Deus realiza em suas vidas .
Obediente ao mandato de Jesus Cristo, a Igreja é enviada a evangelizar, através de todos os batizados. Evangelizar não é tarefa operacional, mas parte integrante de sua identidade. Alimentada pela Palavra de Deus e pelo Pão da Eucaristia, inspirada na caridade fraterna, a Igreja se coloca em estado permanente de missão.
“Eis que farei correr para ela a paz” (Is 66,12).
“A paz esteja nesta casa!” ((Lc 10,5).
Haverá paz na medida em que a humanidade for capaz de descobrir a sua vocação de ser uma única família, regulada pelos princípios de fraternidade, solidariedade, caridade, justiça, respeito, responsabilidade, desenvolvimento, sobriedade, tolerância e perdão.
“Dizei a Deus: Como são grandes vossas obras!” (Sl 65,3).
Dom Paulo.