Por Cirlene de Pádua
Na calada da noite, refleti. Franca querida, como falar de ti
Se tantos já cantaram tuas três colinas,
o capim mimoso, a água da careta,
Tuas noites enluaradas por seresteiros cantadas;
Teu basquete, teus astros, o folclore e até o Pelotão?
Como falar de ti, Franca ilustre, sem antes me lembrar
Do apito da Maria Fumaça acordando a Estação?
Quem não conhece teus calçados que agasalham
pés vários mundo afora?
Como falar de ti, Franca idolatrada, sem antes relembrar
Do vaivém na Praça Barão, o comércio, teus costumes,
Dos bairros crescendo nesse abençoado chão?
As histórias de Chico Franco na voz de Luiz Cruz,
Tuas glórias, teus pesares
Por Chiachiris registrados?
Louvo-te, Franca, por teu abraço acolhedor
de sorrisos francos, mestiços, multicores!
Gratidão eterna, cidade cristã,
celeiro de tantos amores.
És nosso emblema!
Cidade dos meus, dos nossos sonhos e das futuras gerações.
Perdoa-me, CidadeMÃE, a mineirice incapaz de descrever-te,
tão bela, nesse poema!
Cirlene de Pádua é escritora
Esse texto faz parte da série "O que elas têm a dizer" em que escritoras de Franca homenageiam a cidade pelos 200 anos, comemorados no dia 28 de novembro. Será um texto por dia, até o final do mês, de crônica, conto, ensaio, poesia... escrito por mulheres. Se você também quiser participar, envie seu texto para solveloso2008@hotmail.com indicando no assunto: texto para homenagear Franca. Ficaremos felizes com todas participações. Soraia Veloso, escritora e francana de coração, é a idealizadora do projeto.
Que lindo poema Cirlene!
Um breve e precioso “tour” pelo passado, contemplando o presente.
Abraço carinhoso ❤️