Polícia

Presa por agiotagem na operação “Maré Alta” do Gaeco é posta em liberdade por estar grávida

Outros nove integrantes da quadrilha que ameaçava vítimas devedoras com uso de violência deverão ser liberados neste domingo

Uma das dez pessoas presas na última quarta-feira, 22, em Franca, durante a operação “Maré Alta” do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) contra agiotagem na região foi posta em liberdade na tarde dessa terça-feira, 24. Marcela de Pádua Lima, 34 anos, deixou a cadeia pública feminina do Jardim Guanabara após pedido feito por seus advogados, dr. Acir de Matos Gomes e Fernando Aguiar de Freitas, por estar grávida. A reportagem fez contato com os advogados, mas eles não quiseram dar mais detalhes sobre a situação de Marcela, porque o caso está em segredo de Justiça.

Marcela e outras 9 pessoas foram presas na última quarta-feira acusadas de praticar crimes de agiotagem e lavagem de dinheiro na região de Franca. Além de emprestar dinheiro a juros exorbitantes, a organização criminosa também é acusada pelo Ministério Público por cobrar as dívidas em atraso com emprego violência ou grave ameaça às vítimas.

Durante a operação “Maré Alta“, foram cumpridos mandados de prisão temporária e busca e apreensão contra toda a organização criminosa. Junto com Marcela Lima foram presos Bruno Aparecido de Almeida Costa; Natã Simões Leal, Jean Cardoso da Silva; Douglas de Carvalho Rosa, Wesley Henrique Paulista da Silva, André Augusto Ferreira Ribeiro, André de Oliveira Venâncio, Rodolfo Lomonaco e Gustavo Migueletti.

O pedido de prisão temporária feito pelo Ministério Público tem duração de 5 dias, ou seja, os outros 9 integrantes da quadrilha deverão ser liberados ainda neste domingo, 26.

Maré Alta

A operação “Maré Alta”, ocorrida na última quarta-feira, 22, desarticulou uma quadrilha que praticava agiotagem e lavagem de dinheiro em Franca. A operação foi realizada pelo Gaeco e pela Polícia Militar.

De acordo com o promotor do Gaeco, Rafael Piola, o grupo criminoso movimentou cerca de R$ 19 milhões nos últimos três anos, usando contas bancárias próprias e de laranjas. Um dos líderes do esquema já foi condenado por tráfico de drogas.

Na ação, foram presos dez suspeitos e apreendidos arma, munição, celulares e aparelhos eletrônicos, além de serem cumpridos treze mandados de busca e apreensão. A quadrilha emprestava dinheiro a juros altos e usava de violência e ameaças contra os “devedores” na região de Franca.

Segundo a promotoria, o dinheiro obtido com a atividade ilícita era lavado através de empresas de fachada, aquisição de carros de luxo e imóveis.

Alessandro Macedo

É jornalista e editor da Folha de Franca

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